Estudo feito ao longo de 20 anos em escala mundial pede a supressão progressiva das substâncias fipronil e neonicotinoides, os dois pesticidas sistêmicos (concebidos para serem absorvidos pelas plantas) mais utilizados em todo o mundo. O estudo de 29 pesquisadores internacionais concluiu que os efeitos destes produtos na biodiversidade são extremamente prejudiciais às borboletas, abelhas, minhocas, peixes e aves. A regulamentação do uso destes produtos ainda são muito flexíveis em alguns países, o que torna o uso fora dos parâmetros de segurança. Responsáveis por cerca de 40% do mercado estes pesticidas ainda são utilizados em residências de todo o mundo para o combate de cupins em estruturas de madeiras bem como no tratamento e prevenção de pulgas em gatos e cachorros.
A U.I.C.N. (União Internacional para a Conservação da Natureza) organismo que vigia a saúde da biodiversidade mundial através de sua lista vermelha de espécies ameaçadas, recebeu a conclusão do estudo que afirma os efeitos crônicos e nefastos destes pesticidas na biodiversidade, como a perda de olfato ou de memória, uma perda de fertilidade, diminuição da ingestão de alimentos, abelhas que forrageiam menos ou uma capacidade alterada das minhocas de cavar túneis.
Em 2013 a União Europeia já suspendeu o uso do fipronil e de três neonicotinoides devido aos seus efeitos nos polinizadores (abelhas).
"As provas são muito claras. Estamos diante de uma ameaça que pesa sobre a produtividade de nosso meio natural e agrícola", indica em um comunicado o Dr Jean-Marc Bonmatin (CNRS), um dos principais autores do estudo.
É evidente que a parte mais frágil desta história é o Meio Ambiente e não é preciso estudos científicos para comprovar o abuso do Ser Humano na biodiversidade, fato este que necessita de mudanças graduais nas próximas gerações até que se tornem nulos, para o bem de todos.