Conhecida com vários nomes diferentes, inusitados e até engraçados, o picão-preto pode ser considerada uma das mais fortes plantas medicinais que existe. Chamada de picão-preto, piolho-de-padre, amor-de burro, carrapicho, carrapicho-seco, fura-capa, macela-do-campo, amor-seco, carrapicho-de-agulha, paconca, picacho, pico-pico, erva-picão, cuambu, coambi, erva-pilão, picacho, dentre tantos outros, o picão-preto age positivamente no tratamento de várias enfermidades, em destaque nos problemas hepáticos.

Apesar de ser considerada uma planta invasora em diversas regiões do país o picão possui inúmeras propriedades terapêuticas como: adstringente, antiartrítica, antibacteriana, antibiótica, antidiarréica, antidisentérica, antiedêmica, antiemética, antiescorbútica, antiespasmódica, anti-hemorroidária, anti inflamatória, antirreumática, antisséptica, depurativa, desobstruente do fígado e diurética.
Na medicina popular o picão é utilizado no tratamento de várias enfermidades como abscessos, afecção cutânea, aftas, amigdalite, angina, ativar o pâncreas na distribuição de insulina, cicatrização, colesterol, cólicas, cólica infantil, conjuntivite, diabete, disenteria, envenenamento, distúrbios hepáticos, dor de cabeça, dor de dente, edemas, fadiga, faringite, febre, feridas, fígado, hemorróida, hepatite, hipertensão, indigestão, infecções do estômago e rins, infecções urinária e vaginal, inflamações da boca e da garganta.
Nestes casos se utiliza todas as partes da planta no preparo de chás em infusão, que pode ser ingerido ou apenas como gargarejo; as compressas e decocção no uso externo.

Descrição da planta: Planta anual, ereta e com odor característico. Propaga-se apenas por sementes, sendo uma das mais sérias infestantes encontradas em lavouras anuais e perenes do Centro-Sul do país. Muito prolífera e de ciclo curto, é capaz de produzir até três gerações por ano.