As árvores Banian são as preferidas dos escritores de ficção, e o motivo é simples, elas parecem inventadas por uma imaginação fértil.
Espantosamente as árvores Banian possuem uma peculiaridade, de um de seus galhos nasce uma raiz aérea, que eu chegar ao chão se torna um novo tronco, que produz um galho onde nasce uma nova raiz aérea, que vira novamente tronco e assim sucessivamente por toda sua existência.
O genial Arthur Clark no seu famoso livro 2010 - Uma Odisseia no Espaço 2, narrou em sua obra de ficção, que seriam assim as plantas em Europa, uma das quatro luas de Júpiter, já Brian Aldiss no seu romance Hothouse, surpreendeu seus leitores ao descrever que no futuro uma única árvore Banian, tomaria conta de metade do planeta Terra, segundo a obra as árvores inteligentemente descobririam a habilidade de se unirem umas nas outras.
No mundo real estas árvores não são de uma única espécie, porém, todas as Banians são Figueiras, a árvore símbolo da Índia, tanto que a maior Banian do mundo, a Thimmamma marrimanu entrou em 1989, para as páginas do Guinness Book of records, por ser a árvore com a maior copa do mundo, com 19.107 m2 e, na época 1.650 troncos.
A figueira de bengala - Ficus benghalensis - é uma das Banians mais comuns, tanto que possui exemplares cultivadas no Parque do Ibirapuera em São Paulo ou em Legoland na Flórida. Também são chamadas de Banians aquelas famosas raízes que se entranharam pelo Templo de Angkor, no Camboja.
As Banians são tão fantásticas e misteriosas que além de chamar a atenção escritores famosos, encanta também os místicos que enxergam na árvore outras dimensões, já os filósofos estabelecem teorias e os ecologistas lutam pela conservação desse mistério da Natureza.
Algumas árvores Banians vistas de longe parecem uma pequena floresta, de tão grande que é sua copa, tanto que até mesmo Alexandre o grande, teria buscado sombra e abrigo para os seus mais de 6.000 soldados, debaixo da copa de uma árvore Banian.