Bonsai
07:45:00O Bonsai é originário da China antiga e ganhou no Japão, adeptos que tornaram essa arte mundialmente conhecida. Na arte de miniaturizar árvores que podem produzir flores e frutos naturalmente, quanto mais antigo for o Bonsai, maior será o seu valor e também a sua beleza, dentro do conceito filosófico oriental de exaltação a velhice e a sabedoria.
A finalidade é de oferecer ao observador a possibilidade do auto-conhecimento, através da observação do pensamento.
Para isso, princípios como equilíbrio e harmonia são fundamentais. Daí a importância de que o bonsai tenha uma forma definida através de galhos bem desenvolvidos e com um desenho acentuado.
Para a obtenção da forma escolhida, o bonsaísta muitas vezes tem que conduzir a pequena árvore por meio de arames e podas que irão garantir o formato final.
Mas é importante que esse trabalho seja realizado por mãos sensíveis de quem compreende que as técnicas estão a serviço de algo maior: a arte de transmitir a serenidade e estimular o observador ao exercício e conhecimento de seus pensamentos. Em primeiro lugar é escolhida a árvore que será cultivada e também a forma que terá. Essa forma deve ser escolhida em afinidade com as características da própria árvore.
Inspirado nas próprias formas que a natureza nos proporciona, o bonsai será então caprichosamente conduzido por meio de podas e incansáveis cuidados, durante décadas e séculos, passando por gerações diferentes e mãos necessariamente sensíveis.
Dentre as formas ou estilos de bonsais mais conhecidos, podemos destacar:
Chokan - Vertical formal
Ideal para árvores que apresentem tronco reto e galhos distribuídos regularmente, mais ou menos em pares. Nessa forma deve haver um equilíbrio acentuado mas não é necessário uma simetria rígida. O tronco deve ser mais largo em sua base e afinar ligeiramente para o seu ápice, mas seguir reto de baixo até em cima.
Moyogi - Vertical informal
O tronco é vertical mas não exatamente retilíneo e faz uma curvatura, mas no ápice volta a estar posicionado na mesma linha da base. As curvas do tronco repetem-se nos galhos.
Shakan - Inclinado
O ápice não se projeta na linha vertical proveniente do tronco, que apresenta uma leve inclinação. É o que ocorre naturalmente com uma árvore que nasce em uma encosta e se inclina por falta de estruturação ou que se inclina simplesmente em busca de sol.
Fukinagashi - Envergado pelo vento
O tronco e todos os galhos inclinam-se de forma vergada, como se tivessem sido forçados por um vento forte. Além disso é comum que tenha pouca folhagem, para que o ar de naturalidade seja maior.
Kengai - Cascata
O tronco e os galhos vergam-se para baixo acentuadamente, ultrapassando os limites do vaso que os contém. Esse estilo de bonsai imita o formato de uma árvore nascida em uma encosta acentuada de montanha.
Hankengai - Semi cascata
Consiste no estilo cascata mais atenuado e um pouco mais horizontalizado que o Kengai.
Para você que pretende começar este hobby, o Ficus é uma das espécies mais versáteis que existem, suportando podas drásticas, aramação, enxertia e diversos outros procedimentos sem maiores problemas. Sua facilidade em se recuperar de desfolhas e sua incrível resistência fazem dessa espécie uma das mais indicadas para quem quer iniciar na arte do bonsai.
Reparem que muitas vezes encontramos Ficus crescendo nas frestas de paredes, em calçadas quebradas, enfim em lugares onde a planta tem dificuldade em conseguir nutrientes, mas mesmo assim o Ficus consegue sobreviver, se desenvolver e crescer. Dentre as inúmeras variações de Ficus, as mais conhecidas e usadas no Brasil são o retusa, benjamina e nerifolia, existem diferenças básicas entre essas três variações (principalmente no formato das folhas), basta escolher uma delas e maõs à obra.
Conheça algumas curiosidade sobre o Ficus:
O Ficus religiosa é a árvore onde Buda teve sua revelação religiosa;
O Ficus carica (que produz frutos comestíveis) é a primeira planta a ser descrita na Bíblia, pois foi com suas folhas que Adão se “vestiu” ao notar que estava nu;
A tão conhecida Hera, esta trepadeira que muitas pessoas usam para cobrir muros, é uma espécie de Ficus, mais precisamente o Ficus pumila.
Para os seguidores de Maomé, o figo também é sagrado, pois Maomé jurou por ele e pela oliva, na sura 95 do Corão, designada por “O Figo”.
O figo é considerado um fruto sagrado para os judeus. Ele faz parte dos sete alimentos que crescem na Terra Prometida, segundo a Torá (Deut. 8), o Antigo Testamento dos cristãos.
No Egito antigo o figo era o alimento usado para a engorda do ganso para a produção do foie gras (o fígado de ganso gordo) o que, provavelmente, deu origem ao nome da iguaria (foie, figo; gras, gordo).
Os maias e os astecas utilizavam a casca de figueiras nativas da região para produzir o papel utilizado nos seus livros sagrados.
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