Construindo um Lago Artificial
18:58:00
Quando se pensa em montar um ambiente aquático em áreas externas, devemos, antes de mais nada, estudar as possibilidades, que o local nos oferece.
Terrenos acidentados ou em desnível, sugerem corredeiras, cascatas, e assim se projetarmos bem talvez até teremos uma vantagem da filtragem ser feita usando a gravidade, mas por outro lado podem representar gastos a mais, no reforço dos tanques principalmente nas partes, que não terão apoio do solo para suportar a pressão exercida pelo peso da água. Outro detalhe que sempre deve ser levado em conta, é que deve ser deixado um desnível acentuado no fundo de cada compartimento e sempre nas áreas de saída de água, para que os resíduos vão se acumulando. E ainda os canos de saída da água nunca devem sair por cima, e sempre pelo fundo, próximo a esta área de acúmulo e assim pela própria movimentação da água os resíduos sejam arrastados e levados em frente, para o próximo estanque ou filtro, mantendo assim sempre o fundo livre de resíduos. Usar sempre canalizações de diâmetro largo para evitar entupimentos por folhas (acima de 2"). Procurar fazer sempre uma filtragem física (resíduos maiores), antes da biológica, para evitar muita manutenção no material filtrante, e essa filtragem dos resíduos deve ser feita em local de fácil acesso e remoção, porque será a parte de maior manutenção no sistema. Em áreas abertas e sem árvores são as mais indicadas, pois evitam em muito o acúmulo de folhas e galhos, favorecendo na manutenção e limpeza dos filtros.
Em caso de áreas com arborização nas proximidades, tomar precaução com a possibilidade das raízes dessas árvores atingirem a estrutura dos bordos, e aos poucos ir se infiltrando por pequenos vazamentos ou áreas mal vedadas que ficam úmidas e acabariam atraindo o aporte dessas raízes em busca de água que fica presente ali. E quando for promover a escolha das espécies de ajardinamento, escolher plantas que não tenham raízes invasoras. Levar em conta que as bordas de contenção não devem aparecer depois do projeto concluído, ou seja, sempre se deve deixar um bordo a um nível que favoreça o plantio de espécies palustres, que se encarregarão de cobrir a estrutura. Por exemplo, sobre a parede ou fazer o acabamento superior inclinado, com a parte externa terminando em cunha, ou no formato de U com pernas internas mais baixas (ou com recortes para que a água possa entrar) e externas mais altas(acima do nível do lago) e depois o interior desse U seria preenchido com solo rico próprio para as espécies que ai serão plantadas. Outra possibilidade é construir esse U bem largo em concreto, para quando se quiser colocar muitas plantas palustres, em áreas em torno do lago, e que seriam áreas alagadas. Se possível usar muitas rochas grandes como elemento decorativo em meio às plantas e na cascata. Inclusive no retorno da água podemos produzir antes da queda d'água um efeito de nascente, colocando o cano de abastecimento, sob uma camada de areia lavada e grossa, o que fará que ao chegara água levante constantemente a areia. E para evitar que em caso de falta de energia a areia seja sugada para a bomba basta fazer um furo para entrada de ar, mas deve ficar acima do nível da água da nascente, e em baixo do cano e como por ele quando o sistema estiver ligado haverá um esguicho de água, e deve ser aproveitado para abastecer a cascata. A cascata deve ter um toque bem natural, procurando se evitar superfícies visivelmente artificiais, usando se possível rochas naturais, e muitas plantas, de preferência de baixa exigência em solo, ou espécies pendentes, que formarão cortinas, que inclusive podem ser usadas para disfarçar alguma coisa "não natural" utilizada.
Outra dica para quem gosta de ter sempre a presença de musgos, é deixar que parte da água em queda produza respingos, que com o passar do tempo vão dar naturalmente às partes constantemente umidecidas, condições do desenvolvimento da microflora que vai propiciar um ambiente liliputiano bem natural. Entretanto, é bom lembrar que esses respingos, favorecerão a evaporação e aumentarão um pouco a reposição de água do sistema.
Por falar em reposição, já que sempre haverá perdas, devemos em algum lugar da borda, fazer uma ligação em nível com uma caixa pequena escondida ou enterrada, que por meio de uma bóia receba e compense a água evaporada, constantemente. Pode ser até a água da rua, pois a proporção de água a ser completada sempre é pequena (exceto em lagos muito pequenos).
Para bloquear a incidência da luz solar, devemos colocar algumas plantas flutuantes, mas aqui a preferência deve ser pelas Nymphaeas, que pelo seu porte e tamanho de suas folhas, promovem grandes áreas sombreadas, e ao contrário das demais, não soltam raízes diminuindo em muito o acúmulo de resíduos no fundo dos tanques. Mas nem por isso devemos excluir as outras de superfície, mas para evitar que se alastrem indiscriminadamente, podemos usar aros feitos com mangueira, flutuantes, e mantê-las assim em áreas restritas. Devemos pensar também na exigência nutricional de certos peixes (kinguios, carpas, etc.) em fibras vegetais, e para isso sempre devemos manter pelo menos algumas plantas imersas, que podem ficar soltas, ou mesmo ancoradas amarradas a pedras (isso para as menos exigentes em nutrientes, como Elodeas, Egerias, Najas, Ceratophyllum, etc), ou então plantadas (para as mais exigentes) em bandejas rasas com solo rico, ou substrato próprio, e cobertas por uma camada de cascalho de granulometria compatível com o tamanho dos peixes para evitar que possam "bagunçar" esse solo. Havendo grande quantidade de plantas comuns, os peixes deixam de molestar e dizimar as plantas mais raras. O ideal é plantar antes da introdução de peixes de hábitos vegetarianos,para dar um tempo de enraizamento às plantas. E as plantas também protegem muito os peixes do ataque de pássaros, além de eliminar substâncias tóxicas normalmente produzidos pelos dejetos e sobras de alimento.
Terrenos acidentados ou em desnível, sugerem corredeiras, cascatas, e assim se projetarmos bem talvez até teremos uma vantagem da filtragem ser feita usando a gravidade, mas por outro lado podem representar gastos a mais, no reforço dos tanques principalmente nas partes, que não terão apoio do solo para suportar a pressão exercida pelo peso da água. Outro detalhe que sempre deve ser levado em conta, é que deve ser deixado um desnível acentuado no fundo de cada compartimento e sempre nas áreas de saída de água, para que os resíduos vão se acumulando. E ainda os canos de saída da água nunca devem sair por cima, e sempre pelo fundo, próximo a esta área de acúmulo e assim pela própria movimentação da água os resíduos sejam arrastados e levados em frente, para o próximo estanque ou filtro, mantendo assim sempre o fundo livre de resíduos. Usar sempre canalizações de diâmetro largo para evitar entupimentos por folhas (acima de 2"). Procurar fazer sempre uma filtragem física (resíduos maiores), antes da biológica, para evitar muita manutenção no material filtrante, e essa filtragem dos resíduos deve ser feita em local de fácil acesso e remoção, porque será a parte de maior manutenção no sistema. Em áreas abertas e sem árvores são as mais indicadas, pois evitam em muito o acúmulo de folhas e galhos, favorecendo na manutenção e limpeza dos filtros.
Em caso de áreas com arborização nas proximidades, tomar precaução com a possibilidade das raízes dessas árvores atingirem a estrutura dos bordos, e aos poucos ir se infiltrando por pequenos vazamentos ou áreas mal vedadas que ficam úmidas e acabariam atraindo o aporte dessas raízes em busca de água que fica presente ali. E quando for promover a escolha das espécies de ajardinamento, escolher plantas que não tenham raízes invasoras. Levar em conta que as bordas de contenção não devem aparecer depois do projeto concluído, ou seja, sempre se deve deixar um bordo a um nível que favoreça o plantio de espécies palustres, que se encarregarão de cobrir a estrutura. Por exemplo, sobre a parede ou fazer o acabamento superior inclinado, com a parte externa terminando em cunha, ou no formato de U com pernas internas mais baixas (ou com recortes para que a água possa entrar) e externas mais altas(acima do nível do lago) e depois o interior desse U seria preenchido com solo rico próprio para as espécies que ai serão plantadas. Outra possibilidade é construir esse U bem largo em concreto, para quando se quiser colocar muitas plantas palustres, em áreas em torno do lago, e que seriam áreas alagadas. Se possível usar muitas rochas grandes como elemento decorativo em meio às plantas e na cascata. Inclusive no retorno da água podemos produzir antes da queda d'água um efeito de nascente, colocando o cano de abastecimento, sob uma camada de areia lavada e grossa, o que fará que ao chegara água levante constantemente a areia. E para evitar que em caso de falta de energia a areia seja sugada para a bomba basta fazer um furo para entrada de ar, mas deve ficar acima do nível da água da nascente, e em baixo do cano e como por ele quando o sistema estiver ligado haverá um esguicho de água, e deve ser aproveitado para abastecer a cascata. A cascata deve ter um toque bem natural, procurando se evitar superfícies visivelmente artificiais, usando se possível rochas naturais, e muitas plantas, de preferência de baixa exigência em solo, ou espécies pendentes, que formarão cortinas, que inclusive podem ser usadas para disfarçar alguma coisa "não natural" utilizada.
Outra dica para quem gosta de ter sempre a presença de musgos, é deixar que parte da água em queda produza respingos, que com o passar do tempo vão dar naturalmente às partes constantemente umidecidas, condições do desenvolvimento da microflora que vai propiciar um ambiente liliputiano bem natural. Entretanto, é bom lembrar que esses respingos, favorecerão a evaporação e aumentarão um pouco a reposição de água do sistema.
Por falar em reposição, já que sempre haverá perdas, devemos em algum lugar da borda, fazer uma ligação em nível com uma caixa pequena escondida ou enterrada, que por meio de uma bóia receba e compense a água evaporada, constantemente. Pode ser até a água da rua, pois a proporção de água a ser completada sempre é pequena (exceto em lagos muito pequenos).
Para bloquear a incidência da luz solar, devemos colocar algumas plantas flutuantes, mas aqui a preferência deve ser pelas Nymphaeas, que pelo seu porte e tamanho de suas folhas, promovem grandes áreas sombreadas, e ao contrário das demais, não soltam raízes diminuindo em muito o acúmulo de resíduos no fundo dos tanques. Mas nem por isso devemos excluir as outras de superfície, mas para evitar que se alastrem indiscriminadamente, podemos usar aros feitos com mangueira, flutuantes, e mantê-las assim em áreas restritas. Devemos pensar também na exigência nutricional de certos peixes (kinguios, carpas, etc.) em fibras vegetais, e para isso sempre devemos manter pelo menos algumas plantas imersas, que podem ficar soltas, ou mesmo ancoradas amarradas a pedras (isso para as menos exigentes em nutrientes, como Elodeas, Egerias, Najas, Ceratophyllum, etc), ou então plantadas (para as mais exigentes) em bandejas rasas com solo rico, ou substrato próprio, e cobertas por uma camada de cascalho de granulometria compatível com o tamanho dos peixes para evitar que possam "bagunçar" esse solo. Havendo grande quantidade de plantas comuns, os peixes deixam de molestar e dizimar as plantas mais raras. O ideal é plantar antes da introdução de peixes de hábitos vegetarianos,para dar um tempo de enraizamento às plantas. E as plantas também protegem muito os peixes do ataque de pássaros, além de eliminar substâncias tóxicas normalmente produzidos pelos dejetos e sobras de alimento.
0 comentários