Maria Preta na Medicina Popular
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A Solanum americanum Mill. é uma espécie autóctone que medra em áreas agrícolas, pastos, bosques e áreas ruderais das regiões tropicais da América, sobretudo México e Costa Rica, pertencente a família botânica Solanaceae.
É conhecida por diversos nomes populares, entre eles: Aguarágua, Aguaraquiá, Aguaraquiá-açú, Araxixu, Caaxixá, Carachichu, Caraxiocu, Caraxixá, Caraxixu, Erva-de-bicho, Erva-mocó, Erva-moura, Guaraquim, Guaraquinha, Maria-preta, Maria-pretinha, Pimenta, Pimenta-de-cachorro, Pimenta-de-galinha, Pimenta-de-rato ou Sué.
Planta
herbácea, anual, pouco pilosa, com cerca de 30 a 70cm altura. Apresenta caule
liso, ramificado, verde e ereto. Folhas esparsas, alternas, simples,
pecioladas, ovais, acuminadas, quase trapedozais, desigualmente lobadas, as
vezes inteiras, verde-escuras, medindo 3 a 6cm de comprimento. As flores, alvas
e curtamente pedunculadas, dispõe-se em umbelas com 3 a 10 flores com até 1cm
de diâmetro. O fruto é uma baga (solanídeo) verde, quando imatura, e negra
quando matura, brilhante, amarga e nauseabunda,
medindo 8 a 10mm de diâmetro. A polpa contém 50 a 100 sementes pequenas e
arredondadas. Semente comprimida, obovóide, com 1,0 a 1,3mm de diâmetro,
amarelo-clara, reticulada, glabra e fosca. Os frutos quando secam retém as
sementes.
Adapta-se do
tropical ao temperado. É heliófita.
Exige solo
fértil (é nitrófila), humoso e com teor de umidade. Porém, é encontrada até
mesmo em solos secos, pedregosos e depauperados.
É indicada na medicina caseira para o uso externo no tratamento de ptiríase versicolor ou pano branco, feridas e úlceras (uso tópico das folhas contusas), inflamações, áreas intumescidas, irritadas e dolorosas, dartros, furúnculo, panarício, queimaduras, psoríase, eczema, escrófulas, abcesso, acne, dermatite, erisipela, exantema, leucorréia, pústulas, tinha e vaginite. Internamente para o tratamento de asma, amigdalite, anemia, cirrose, cólicas, diarréias, escorbuto, gastrite, meningite, paludismo, úlcera gástrica, terror noturno, excitação nervosa, cólica e afecções urinárias, gastralgia, crises hepáticas, espasmos vesicais, distúrbios digestivos e ginecológicos e hemorróidas. Parte da planta utilizada na medicina caseira: folhas.
É indicada na medicina caseira para o uso externo no tratamento de ptiríase versicolor ou pano branco, feridas e úlceras (uso tópico das folhas contusas), inflamações, áreas intumescidas, irritadas e dolorosas, dartros, furúnculo, panarício, queimaduras, psoríase, eczema, escrófulas, abcesso, acne, dermatite, erisipela, exantema, leucorréia, pústulas, tinha e vaginite. Internamente para o tratamento de asma, amigdalite, anemia, cirrose, cólicas, diarréias, escorbuto, gastrite, meningite, paludismo, úlcera gástrica, terror noturno, excitação nervosa, cólica e afecções urinárias, gastralgia, crises hepáticas, espasmos vesicais, distúrbios digestivos e ginecológicos e hemorróidas. Parte da planta utilizada na medicina caseira: folhas.
Possui propriedades etnoterapêuticas:
Antiespasmódica, sedativa, expectorante, analgésica, diurética, depurativa, emoliente, vulnerária, anti-reumática, diaforética, antiartrítica, anti-hipertensiva, aperiente, calmante, antiinflamatória, febrífuga, mineralizante, reconstituinte, narcótica, calmante, afrodisíaca e analgésica. A fruta fresca é usada como antiparasitária
Plantio:
· Espaçamento: 0,4 x 0,3m.
· Propagação: sementes, em viveiro. As sementes são postas a germinar em
bandeja de isopor contendo substrato organo-mineral.
· Plantio: outono.
· Florescimento: quase todo o ano.
· Colheita: ano todo.
· Produção de sementes: 500 por planta, em média, mas variando de 100 a
1000 sementes ou até 178.000. A viabilidade no solo é de 8 anos.
Farmacologia:
A infusão das
folhas apresentou atividade hipoglicemiante em ratas (Victoria),
espasmolítica, por mecanismo muscarínico e musculotrópico, frente a
acetilcolina, na dose de 640mg e frente ao cloreto de bário, nas doses de 320 a
640mg (Cruz).
Atividade Biológica:
A decocção das
folhas tem ação antibiótica sobre Staphylococcus
aureus. A decocção e a maceração hidroalcoólica das folhas tem
atividade sobre Candida albicans
(Victoria) e Cryptococcus
neoformans (Cooney et al.).
Formas de uso:
Cataplasmas: folhas frescas aplicadas topicamente (dermatoses e lesões dérmica)
Cataplasmas: folhas frescas aplicadas topicamente (dermatoses e lesões dérmica)
decocção: ferver 1 colher das de chá de folhas em 1 xícara das de chá
de água. Tomar 3 xícara ao dia (excitação nervosa, cólicas, nevralgias,
dermatoses, catarros e afecções urinárias). Pode-se utilizar o decôcto para
fazer a ablução de áreas inflamadas, doloridas e lesionadas.
Toxiologia:
Os frutos
verdes são tóxicos. A solanina tem uma DL50 de 42mg/kg por via
intraperitonial. A planta tem habilidade em acumular nitratos, podendo
atingir níveis tóxicos aos animais.
Outras propriedades:
· Os frutos maturos são comestíveis, podendo servir de matéria prima para
geléias.
· As folhas são preparadas cozidas
ou fritas com ovos.
A planta pode ser hospedeira de nematóides do gênero Rotylenchus e Meloidogyne
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