Poejo-da-horta - Saiba Tudo
13:22:00
NOME CIENTÍFICO
Mentha pulegium L.
FAMÍLIA BOTÂNICA
Lamiaceae.
SINONÍMIA
Erva-de-são-lourenço,
hortelã-da-folha-miúda, menta-selvagem, poejo, poejo-das-hortas, poejo-real.
HABITAT
Espécie
alóctone, originária da Europa, porém há muito tempo adaptada às condições brasileiras,
crescendo subespontaneamente em solos úmidos.
FITOLOGIA
Planta
herbácea, vivaz, prostrada, perene, pilosa ou glabrescente que cresce de 10 a
50cm em altura. As folhas são pequenas, curtamente pecioladas, opostas, obtusas
ou subagudas, denticuladas ou quase inteiras, redondo-ovaladas, aromáticas. A
inflorescência é racimosa, composta de flores lilases, em numerosos verticilos,
todos axilares, multifloros, bastante compactos. O cálice é viloso, tubuloso,
com a goela fechada por pêlos coniventes, sublabiado, com 5 dentes desiguais,
os dois inferiores mais estreitos. Carpelos ovóides, lisos. A planta exala um
aroma peculiar.
SOLO
As mudas
desenvolvem-se melhor em solos adubados com matéria orgânica e com um bom teor
de umidade. Em solos arenosos a planta tende a amarelar e o crescimento é pouco
vigoroso. Solos ácidos são prejudiciais à planta.
AGROLOGIA
· Espaçamento : 0,3 x 0,3m.
· Propagação: ramos radicantes e rizoma da planta matriz, que são
plantados diretamente em canteiros.
· Plantio: primavera e outono.
· Hidroponia: é bastante indicada para o cultivo hidropônico, pois
melhora a qualidade do produto colhido, proporciona até 6 cortes ao ano e
facilita a colheita. A solução hidropônica indicada é a mesma utilizada para a
alface.
· Mulching: para facilitar a colheita de ramos e folhas de melhor
qualidade, o solo pode ser coberto com uma cobertura inerte (filme plástico
preto, perfurando-se apenas os pontos de plantio da muda, palha, casca de
arroz, etc.). Tal medida evita o crescimento de ervas daninhas e mantém a
umidade do solo.
· Adubação: a planta responde bem à adubação orgânica. Utilizar 2 a 3kg/m2
de húmus de minhoca ou estrume animal, bem curtido.
· Desenvolvimento: no inverno as plantas revestem densamente o solo à
guisa de gramados, enquanto que ao final do inverno as plantas tornam-se mais
eretas e ocorre a diferenciação floral a partir da primavera. O caule é
extremamente radicante, lançando raízes a intervalos de 1 a 2cm.
· Colheita: é dificultada, no inverno, pelo crescimento das folhas que
crescem rente ao solo. Colhe-se 2 a 3 meses após o plantio, no inverno.
PARTES UTILIZADAS
Toda a planta.
FITOQUÍMICA
Pulegona,
mentona-piperitona, borneol, carvona, acetato de metila, flavonóides,
fenol, tanino, mentol, carvacrol, óleo
essencial de poleganona (94%), cineol, dipenteno, piperitenona, timol e
eugenol.
PROPRIEDADES
ETNOTERAPÊUTICAS
Carminativa,
estomáquica, emenagoga, antiespasmódica, expectorante, antisséptica,
anti-hidrópica, analgésica, anestésica, cicatrizante, digestiva,
diaforética, eupéptica, béquica, balsâmica, antigripal, vermífuga, antidiarréica, giardicida, trichomonicida, amebicida e tônica.
INDICAÇÕES
Indicada para
debilidade do sistema nervoso, resfriado, dores reumáticas, insônia,
acidez do estômago, arroto, enjôo, embaraço gastrointestinal, fermentações,
hidropisia, catarro, coqueluche, bronquite.
FORMAS DE USO
· Infusão:
Þ colocar 20g da planta fresca em 1 litro de água ou 4 a 5g por xícara
das de chá, ou ainda 1 a 2g da planta seca por xícara das de chá. Tomar 1 a 2
xícaras por dia. O infuso, se tomado 10 minutos antes das refeições, juntamente
com o suco de 1/2 limão, estimula as funções gástricas.
Þ 15g de folhas e flores em 1 litro de água. Tomar 4 a 5 xícaras ao dia.
· Pó ou xarope: tomar 3 vezes ao dia (vermes).
· Decôcto: ferver 1 a 2 colheres das de chá em 1 xícara das de chá. Tomar
3 xícaras ao dia.
· Colutório: ferver por 2 colheres das de sopa da planta em ½ litro de
água. Apagar o fogo e abafar por 15 minutos. Coar e adicionar 1 copo de
vinagre. Fazer bochechos.
TOXICOLOGIA
Não deve ser
utilizada por lactentes e crianças pois pode causar dispnéia e asfixia.
A pulegona, presente na planta, é tóxica, em altas doses, afetando principalmente
o fígado, mas também com ação paralisante sobre o bulbo raquidiano.
O borneol, presente na planta, é contra-indicado para grávidas, especialmente
nos três primeiros meses.
OUTRAS PROPRIEDADES
· A planta afugenta pulgas e mosquitos.
· É utilizada para o preparo de licores.
Fonte: Epagri
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